O inverno chegou com força em 2025 — e junto com ele, boas expectativas para o varejo têxtil. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a projeção é de que mais de 2,2 bilhões de peças sejam comercializadas nesta temporada, representando um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. O faturamento do setor também acompanha esse ritmo e pode ultrapassar a marca dos R$ 109 bilhões, com alta de 7%.

Para Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit, a explicação está na combinação de dois fatores: clima e comportamento de consumo. “Estamos acompanhando uma retomada gradual nas vendas no varejo no inverno, impulsionada pelo frio real que incentiva os consumidores a comprarem peças de frio e acessórios adequados para a estação”, afirma.

Mas o clima, por si só, não dita todas as regras. A indústria está cada vez mais conectada às novas demandas do consumidor e vem ajustando suas coleções para responder à sazonalidade com inteligência. Em vez de depender apenas do frio intenso, muitas marcas têm apostado em peças versáteis e tecidos mais leves, que funcionam tanto para os dias mais gelados quanto para o chamado "inverno tropical".

Essa adaptabilidade é um reflexo direto das transformações que o setor têxtil tem vivido. Com tecnologias mais ágeis, sistemas de gestão conectados e uma cadeia produtiva cada vez mais integrada, o mercado está preparado para reagir com rapidez às mudanças climáticas, logísticas e comportamentais.

Para empresas que atuam no setor, este é o momento ideal para se estruturar estrategicamente, investir em coleções otimizadas e garantir que toda a operação — do estoque à vitrine — esteja alinhada com as oportunidades da estação. O inverno está só começando, e o mercado têxtil já sente o aquecimento nas vendas.